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A maior força, é aquela que vem de você, que está presa à sua alma e mesmo essa força que me detém, não é o suficiente para ser incrível.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Tempo, desistência, amor, morte...


Após muitos sonhos confusos – uns incoerentes e outros inexplicáveis –, aquela criatura quase divina colocou um objetivo em sua mente: separar.

(Ora, quando nós sabemos que o amor se inicia em nossos corações? E para quem não acredita em “corações apaixonados”, quando é que o amor invade nossa mente, perturbando-a?

Camões foi muito feliz em escrever que o amor “é ferida que dói e não se sente”. Exato. A dor do amor é incomparável. Se se fica feliz amando, perfeito; se se entristece por amor, essa tristeza é dez vezes maior que a alegria que o amor traz. Então, por que sofrer por amor? Daí é melhor separar. Portanto, desistir.

Uma autora escreveu que “Troque as palavras de triste sentido e coloque em lugar de tais, conseguir, perseverar, possuir, tentar, alcançar, sorrir”. Concordo em parte. Acho que os unicórnios azuis e as borboletinhas vermelhas perderam espaço na mente das pessoas. Quero dizer que é muito difícil persistir quando o sofrimento entra em nossa alma.

A separação entra em nossa vida (e em nossas relações) porque o seu pai – o tempo – ordena. Aí, com a ganância do tempo, chega o sofrimento de não termos mais aquela pessoa de nosso lado. São filhas do tempo: a separação e a desistência. Alguém disse que “A solidão é fera, a solidão devora/ É amiga das horas, prima-irmã do tempo”. Pura verdade.

Mas respiramos e pensamos melhor com a separação. Dói muito, é verdade. E a vontade de voltar é imensa. Entra de novo a questão do desistir: sim ou não? Isso quer dizer que desistir é um ato muito complexo. É uma bomba a ser jogada. Um passo decisivo. Deve doer alguém escutar “vou desistir de você”. Porém, penso que para que não haja desistência de ninguém, ambos os lados devem se focar em um objetivo único, ou seja, ter um pensamento semelhante quando o assunto é a sua relação.)

Então nossa linda criatura quis se separar de seu amor. E ele a perseguia em todos os seus pensamentos. Cada movimento dado por ela, surgia em sua mente a fisionomia, o cheiro, as palavras dele. Que maldição! Como desistir, como separar, como esquecer tal pessoa? Que inferno! Se pudesse matar, matava. Qual quê? Ele reapareceria indubitavelmente em seus sonhos, da mesma forma.

Mas... e se ela se matasse?...

Faryas y Albuquerque