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A maior força, é aquela que vem de você, que está presa à sua alma e mesmo essa força que me detém, não é o suficiente para ser incrível.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

[Conto] Trovejadas Insanas


Era uma noite de tempestade na antiga Inglaterra. O Big Bang estava prestes à badalar "meia noite" e as ruas estavam movimentadas, até demais, para uma quarta-feira.

Pare com isso, Boris! Você vai estragar tudo! Disse uma loira de cabelos curtos e lisos, vestindo um sobretudo e segurando um guarda-chuva preto. Essa era Hellen Khan, a filha de um detetive muito renomado, mas que fazia trabalhos para homens de caráter duvidoso, sejamos francos, era um detetive de bandidos.

Boris era um homem muito alto e forte, tinha uma cicatriz na mão esquerda e trabalhava como uma espécie de "guarda-costas" de Hellen, ou melhor, era usado como objeto de tortura a outras pessoas. Muitas vezes, para descobrir certas coisas, a violência é o único meio e objeto a ser utilizado para extrair depoimentos de certos seres humanos.

Hellen, você sabe que se o deixar-mos vivo, ele irá falar tudo que sabe para Foster... E, tem aquela coisa que você sabe... A transação com o Dixon!

Eu sei! Não me encha, Cicatriz! Ele ainda será útlil para nós!

Você se apegou sentimentalmente por ele! Eu sabia que isso iria acontecer se você o colocasse dentro de sua casa! O Sr. Khan nunca deixaria você ter feito isso!

Cale-se patife! O meu pai está morto! Leve o Sr. Edgar Scott para a carruagem e vamos logo com isso, breve será meia noite e ninguém pode saber que extraímos as informações dele. Logo, procurarão o corpo.

O serviço era raptar o jovem empresário Edgar Scott, pedir resgate e matá-lo no fim. O rapaz havia feito uma transação criminal com Robert Dixon, um grande e famoso empresário da época. Se Scott sujasse o nome de Dixon, ele prometeu matá-lo com as próprias mãos, embora o magnata tenha assim dito, pediu para Khan fazer o serviço. Não sabendo que Khan havia morrido, já que Hellen se passava pelo pai, Dixon encomendou o serviço, deveria ser feito em 48 horas.



A chuva estava intensa, as ruas repletas de enormes poças de lama... Tudo encharcado, as ruas fediam, os cavalos fediam, tudo fedia. Mas para quem já era acostumado, a Inglaterra não era tão ruim assim. Levaram Scott para a casa luxuosa e nada discreta da filha do detetive, continuou amarrado e preso numa sala escura, parecia o sótão da casa.

–  Onde estou? Perguntou Edgar Scott ao recobrar seus sentidos.

Hellen calou-se por um momento e Boris, o tal Cicatriz, estava na frente da moça para que Edgar não pudesse vê-la. A loira sussurou algo à Boris e ele fez sinal de negativo com a cabeça, a moça insistiu e ele repetiu o gesto, assim ocorreu por mais duas vezes, foi quando Boris sacou a arma e a engatilhou.

–  Chega! Não posso permitir que você erre desse jeito, garota! Você não consegue entender o que estou dizendo? Isso está errado, está errado! Boris mechia-se inquietamente e deixava à mostra Hellen, que podia ser vista por Edgar.

– Hellen, Hellen! Me tire daqui, por favor! Me machuque, mas não machuque Hellen!

– Cale-se, seu idiota! Não vê que ela enganou você? Isso é só mais uma sujeira, você é o problema e eu vou resolver! Disse Boris, com seu rosto rubro completo de raiva.

– Chega! Gritou Hellen. Eu não aguento mais isso! Edgar, eu menti pra você... Eu não sou quem você pensa que eu sou e te usei para conseguir as informações que você sabia do Dixon! Foi o combinado!

– Como? Gargalhou Edgar após a pergunta. Você realmente acha que eu não sabia que estava me enganando? Eu sempre soube, Hellen! E se você acha que pegou todas as informações, está muito enganada...

– Claro que tenho tudo que preciso! Respondeu Hellen, com frustração.
     
– Acho que não! Edgar desamarrou as cordas que o prendiam e sorrateiramente tirou do cós de sua calça uma pequena adaga.

Boris logo apontou a arma para Edgar e qualquer movimento que o rapaz fizesse, o Cicatriz atiraria. Em um rápido movimento, ficou na frente da loira, que tentava fazer com que Boris saísse de sua frente. Rapidamente um estrondo foi ouvido! Todos ficaram quietos e pasmos com aquele imenso e ensurdecedor estrondo.

– O que foi isso?! Ambos disseram ao mesmo tempo.

Foi quando cinco homens armados aparecem no local onde Boris, Hellen e Edgar estavam, com armas de grosso calibre. Sem ao menos esperar a reação deles, os homens atiraram! Mataram os componentes Edgar, Hellen e Boris.

– O trabalho está  feito! Sir. Dixon ficará satisfeito!  



O Preço do Coletivo

  
  Muitos não fazem muita questão de um coletivo... Existem tantos coletivos: molho, matilha, bando, quadrilha... 
  Porém, o mais coletivo de todos pode ser chamado de "amigos" esse tal grupo possui características distintas, no entanto, trazem uma igualdade em comum, a união. Pessoas diferentes, de famílias diferentes, de costumes diferentes, estilos diferentes, rostos diferentes... E viva as diferenças! Cada pessoa única, em sua peculiaridade mínima, convivendo e se relacionando com outras pessoas tornando-se um coletivo, um grupo.
  Certa vez, li em algum lugar -ou ouvi, memória falha- que para ser amigo de alguém, bastar ter algo em comum. E eu concordo plenamente com essa afirmação!  Quando conhecemos alguém e conversamos com essa pessoa, se tivermos algo em comum que partilhamos é o início de uma amizade. Quando isso não ocorre, chove sobre nós o desinteresse pela outra pessoa e acabamos não estabelecendo um padrão de amizade.
  Tenho amigos de todos os tipos, de todas as raças e de todos os credos. Nem sempre concordamos com o que o outro diz ou sobre as ideias dos outros -geralmente não concordamos- mas isso não faz de nós tão diferentes, já que em outros tópicos acabamos concordando em número, gênero e grau.
  Creio que todos nós já tivemos um grande amigo e que de certa forma, nos distanciamos dele de alguma forma física e os anos se passam e o contato acaba ficando menor... Já sentiram falta desse amigo? Pois é, acho que todos nós sentimos falta do dito cujo que era protagonista e apenas transformou-se em uma ligeira aparição.
  Algumas pessoas têm como melhor amigo a pessoa do sexo oposto... Muitas vezes é uma amizade saudável, quando uma das partes ou ambas não demonstra interesse. Geralmente "melhores amigos" do sexo oposto transformam-se em um namorado[a] ou até ocorre casamento! 
  As maiores e mais lindas histórias de amor começaram com uma grande amizade... Tirando os contos de fadas, os quais ocorreu amor à primeira vista, qualquer relacionamento começou com amizade! Eu concordo com isso, porque o moço bonito que eu amo era e é o meu melhor amigo, nos conhecemos desde os oito anos de idade e sempre fomos amigos. 
  O que na verdade quero dizer não é sobre meu relacionamento nem nada, mas que todos -querendo ou não- somos dependentes de outras pessoas. Sair com os amigos e manter contato com eles, ter amizades saudáveis por mais "loucas" que elas sejam não tem preço! 
  E como diz o cantor "amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito", devemos zelar de nossas amizades para que possam durar por tempo indeterminado.