
Sinceramente não sei. Todos nós temos um pouco de ilogicidade, contradições, desesperos dentro de nosso inconsciente. A questão é: como colocar o que sentimos para fora e ser claro e coerente com quem nos lê? Talvez essa seja o maior desafio. A tentativa de superar essa “pedra no meio do caminho” vem abaixo.
Encontrar um local onde temos acesso a textos também contraditórios, que revelam a sensação de um narrador confuso (mas, por vezes, decidido) é um bom começo para tentar entender o não-entendível. Outra: as palavras. Elas são a chave para a manifestação de nossas sensações. Mais uma: as nossas sensações – estímulos-base para o que sentimos ou sentiremos.
O ser humano sempre foi antitético e paradoxal. Vem desde Adão e Eva. Ou da seleção natural? Olha aí uma contradição.
Nossos sonhos são, na maioria das vezes, ilógicos. Os pensamentos de qualquer pessoa, por mais que sejam claros, tiveram origem em algum canto não-racional de nossa mente. E nossa mente mente descaradamente.
Veja: somos religiosos e, às vezes, preferimos beber no domingo com os amigos. Contradição. Amamos nossas esposas, mas apaixonamos por outra mulher. Com as mulheres, não é diferente. Contradição. [Amor] “é ferida que dói e não se sente”. Contradição.
Lendo “De tantos termos, o pior deles: QUASE”, de Brysa Calado, percebi que “quase” é insuportável, mas é inversamente proporcional à contradição do homem. Ora, vejamos o exemplo: se alguma mulher “quase” trai o marido, ela não foi contraditória; seria “contraditória” se o “quase” não existisse, assim a traição brotaria.
Portanto, “quase” e “contradição” são horríveis, mas existem nos homens.
“Quase” que não acabo essa “contradição”.
Por: Faryas y Albuquerque
Nenhum comentário:
Postar um comentário