Certo poeta fez um belo poema a respeito do tempo:
Cortar o tempo
Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente.
(Carlos Drummond de Andrade)
Creio que o pensamento lógico do poeta foi completamente correto, mas o que mais me intriga é o fato de que o tempo é raro, mas não compreensível. O tempo é completamente escasso e eterno, o tempo não passa de segundos, mas transforma-se em meses, anos, décadas, séculos e milênios.
Mas me pergunto porque o tempo que passo com quem amo parece ser tão raro e minúsculo, comparado ao tempo que passa as aulas chatas e exaustivas de cálculos da escola. Mas quando percebo que o tempo foi escasso, mas muito bem aproveitado e intenso. Muitas das vezes percebo que nada pode ser por acaso e que o tempo é uma dádiva... por isso o hoje é o PRESENTE de nossas vidas e que pode ser eterno, mais eterno que as lembranças dos bons e maus momentos que ocorrem na nossa vida.
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